Mamães, que assim como eu são os pâncreas de seus filhos, podemos colaborar e muito pra que nossas crianças cresçam sabendo a importância de se cuidar. Não desistam, peguem no pé, sejam exigentes e firmes. Não dizem que é de menino que se torce o pepino? Pois então… eis a chance.
Fonte:
http://www.unidospelacriancadiabetica.com.br/hotsite/depoimentos_2.php
Ricardo Sampaio Fernandes
Nascido em 22/02/1955
Diabético tipo 1 diagnosticado em 22/02/1960
Em 1989 com 34 anos, surge uma retinopatia não proliferativa tratada com laser.
Em 1991 se torna proliferativa, degenerativa e fui desenganado quanto à visão. Fui para Boston me tratar na Joslin e na Retina Association, onde também se constatou uma nefropatia significativa… Foi feita uma pan fotocoagulação.
Me apavorei! Com 35 anos em plena ascendência profissional e desenganado!
De onde deveria vir esperanças só apareciam “tijoladas”, o mais renomado endocrinologista sugeriu que comprasse uma bengala branca e me preparasse para hemodiálise.
Em um misto de revolta e espanto comecei a pensar na estrutura do problema. Estudei muito. Consultei e conversei com todos e tudo que estivessem ligados a pesquisa de patias diabéticas.
Não demorou em perceber que a única coisa a se fazer era exatamente a única que poderia ajudar. Controle absoluto da doença!
Minha revolta com os médicos me afastavam deles, mas me aproximava das pesquisas. Essas eram bem claras no sentido que o controle deveria surgir da imitação do funcionamento do pâncreas pelos meios disponíveis.
Foi o que fiz, comecei a imitar o funcionamento de um organismo não diabético. Só me alimentava fazendo glicemias e corrigindo sistematicamente. Eram 4 aplicações de NPH, 8 de R, além de 10 glicemias pelo menos! Alimentação fixa, sempre a mesma quantidade de calorias por dia.
Hoje isso tem até nomes, chamam de bolus, basal e contagem de CHO… Utilizei os mesmos princípios em 1991!
Comecei a surpreender os médicos! Primeiro as patias se estabilizaram e começaram uma regressão lenta e progressiva. Hoje elas inexistem, desapareceram…
Em 2004/5 ainda existiam vascularizações na minha retina, embora discretas. Fui incentivado por uma amiga e endocrinologista a utilizar a bomba “injetora” de insulina.
Foi um significativo salto na qualidade do meu tratamento. Tudo que fiz no passado baseado em suposições, hoje faço apoiado por fatos!
Estou vivendo a doença ao contrário! Primeiro por desleixo desenvolvi todas as patias e agora estou conseguindo regredá-las.
A duras penas, entendi uma coisa que deixo para vocês:
Só existem dois tipos de diabéticos, os vivos e os mortos! Acontece que existem muitos diabéticos mortos que ainda estão vivos, mas é só uma questão de tempo. Não há para onde correr…
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