Ok, não foi um dia inteiro, foram apenas algumas horas, mas deu pra sentir bem a diferença.
É muito difícil eu sair sozinha com a Duda. Ontem aconteceu. A Vittoria não quis ir com a gente até a Liberdade, ficou em casa, almoçou em casa.
Já senti diferença na quantidade de coisas que eu NÃO TIVE QUE CARREGAR – literalmente, kits, lanches, etc.
Eu me senti mais leve. E não me senti mal por isso. Me senti mais light. Meu celular ficou na bolsa, e não no bolso, como sempre, já que não uso relógio.
O tempo. Os minutos. Passaram tranquilamente sem que eu tivesse que monitorá-los também pra saber qual seria o próximo passo. Até onde poderia ir até… a hora de alguma coisa, duma medição, duma correção, dum almoço, dum piti.
Pude perceber que, mesmo lidando bem com o diabetes, ele é uma mochila pesada que carrego diariamente. Ora nas costas, ora na mente, ora no coração, ora em todos os lugares ao mesmo tempo.
E eu carrego. Às vezes doem as costas, as pernas, a cabeça, mas eu carrego. Já reclamei, mas não reclamo mais. Não tenho com quem dividir esse peso (a não ser vocês – mas me refiro ao peso da prática mesmo, da mão na massa do dia a dia). Mas, logo logo, alguém que está crescendo lindamente, me ajudará a carregar esse peso, até ter forças para levá-lo sozinha. E aí sim, entregarei a mochila pra ela, tranquila de que dará conta. E muito bem.
Eu convivo muito bem com o diabetes. Mas convivo muito bem SEM o diabetes também! E por isso, amigos e familiares, dividam o peso da mochila. Não deixem o peso todo com uma pessoa só. Mesmo que ela dê conta – e nós sempre damos – dividir não dará mal a ninguém!
janeiro 17, 2011 às 9:13 am
Essa divisão de pesos faz toda a diferença para nossas vidas… Ô se faz!!!!!
Adoro quando meus pais ou meus sogros passam o dia com a Julia… Sinto exatamente isso…. É como uma liberdade provisória…. Mesmo que esteja sempre monitorando por telefone (ás vezes, quando tudo está dentro dos conformes, até disso tiro férias) o peso é bem menor….
Um beijo!!!!
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janeiro 18, 2011 às 7:05 pm
Como eu queria esse dia.
Moro longe da minha familia, e já meus sogros não posso contar pois ao contrario eles se afastaram por medo, preconceito sei lá.
Divido essa mochila com meu maridom mais sei q não e o suficiete.
bjs
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janeiro 18, 2011 às 7:52 pm
Aqui não é tão simples também.
Minha mãe ajuda quando realmente não tem outro jeito..
Marido nem tenho mais….
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janeiro 19, 2011 às 10:37 pm
Nicole,
fico encantada com as considerações que você faz tão bem – sem pender para qualquer modesta pretensão nem falsa superioridade – a respeito de coisas próprias do nosso cotidiano.
Beijo,
Iara Mola
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janeiro 30, 2011 às 9:26 am
Nossa ao ler esse texto, parecia que estava lendo meus próprios pensamentos, é incrível como todas as mães dessas crianças tão especiais, são tão parecidas, inclusive nos pensamentos. Me identifico cada vez mais com esse blog a cada novo POST.
É muito bom saber que você “eu” sou igual a qualquer outra mãe de uma criança com DM1, que não sou extremamente cuidadosa, preocupada ou louca…rsrsrrs, sou apenas MAIS UMA mãe de diabético.
Um abraço.
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janeiro 30, 2011 às 9:37 am
Hahahaha que bom Viviane!!! Eu tb cheguei a essa conclusao depois de todas as maes que conheci!!!!!!
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