Minha Filha Diabética

Uma vida mais doce após o diabetes tipo 1!

Um dia sem diabetes…

6 Comentários

Ok, não foi um dia inteiro, foram apenas algumas horas, mas deu pra sentir bem a diferença.

É muito difícil eu sair sozinha com a Duda. Ontem aconteceu. A Vittoria não quis ir com a gente até a Liberdade, ficou em casa, almoçou em casa.

Já senti diferença na quantidade de coisas que eu NÃO TIVE QUE CARREGAR – literalmente, kits, lanches, etc.

Eu me senti mais leve. E não me senti mal por isso. Me senti mais light. Meu celular ficou na bolsa, e não no bolso, como sempre, já que não uso relógio.

O tempo. Os minutos. Passaram tranquilamente sem que eu tivesse que monitorá-los também pra saber qual seria o próximo passo. Até onde poderia ir até… a hora de alguma coisa, duma medição, duma correção, dum almoço, dum piti.

Pude perceber que, mesmo lidando bem com o diabetes, ele é uma mochila pesada que carrego diariamente. Ora nas costas, ora na mente, ora no coração, ora em todos os lugares ao mesmo tempo.

E eu carrego. Às vezes doem as costas, as pernas, a cabeça, mas eu carrego. Já reclamei, mas não reclamo mais. Não tenho com quem dividir esse peso (a não ser vocês – mas me refiro ao peso da prática mesmo, da mão na massa do dia a dia). Mas, logo logo, alguém que está crescendo lindamente, me ajudará a carregar esse peso, até ter forças para levá-lo sozinha. E aí sim, entregarei a mochila pra ela, tranquila de que dará conta. E muito bem.

Eu convivo muito bem com o diabetes. Mas convivo muito bem SEM o diabetes também! E por isso, amigos e familiares, dividam o peso da mochila. Não deixem o peso todo com uma pessoa só. Mesmo que ela dê conta – e nós sempre damos – dividir não dará mal a ninguém!

Autor: NICOLE LAGONEGRO

Enfermeira Educadora em Diabetes Graduanda em Nutrição Mãe de DM1 há 15 anos

6 pensamentos sobre “Um dia sem diabetes…

  1. Essa divisão de pesos faz toda a diferença para nossas vidas… Ô se faz!!!!!
    Adoro quando meus pais ou meus sogros passam o dia com a Julia… Sinto exatamente isso…. É como uma liberdade provisória…. Mesmo que esteja sempre monitorando por telefone (ás vezes, quando tudo está dentro dos conformes, até disso tiro férias) o peso é bem menor….
    Um beijo!!!!

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  2. Como eu queria esse dia.
    Moro longe da minha familia, e já meus sogros não posso contar pois ao contrario eles se afastaram por medo, preconceito sei lá.
    Divido essa mochila com meu maridom mais sei q não e o suficiete.
    bjs

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  3. Nicole,

    fico encantada com as considerações que você faz tão bem – sem pender para qualquer modesta pretensão nem falsa superioridade – a respeito de coisas próprias do nosso cotidiano.

    Beijo,

    Iara Mola

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  4. Nossa ao ler esse texto, parecia que estava lendo meus próprios pensamentos, é incrível como todas as mães dessas crianças tão especiais, são tão parecidas, inclusive nos pensamentos. Me identifico cada vez mais com esse blog a cada novo POST.
    É muito bom saber que você “eu” sou igual a qualquer outra mãe de uma criança com DM1, que não sou extremamente cuidadosa, preocupada ou louca…rsrsrrs, sou apenas MAIS UMA mãe de diabético.

    Um abraço.

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