Minha Filha Diabética

Uma vida mais doce após o diabetes tipo 1!

Filme: Uma Prova de Amor

21 Comentários

Quando pinta uma doença na família ( e me desculpem os que não gostam de chamar o diabetes de doença, pra mim ele É) a gente começa a pensar em coisas que nunca ‘pensou em pensar’ na vida.

Depois da primeira crise de hipoglicemia severa, comecei a pensar mais na possibilidade de perder minha filha antes do que gostaria. (e não me venham com: ah, pare com isso). É uma realidade. Temos que lidar com ela. Pode acontecer, oras, tenho que pensar no assunto.

Assim como as sequelas. Eu cuido bem, faço o tratamento direitinho, não quero que ela tenha nenhuma complicação, mas está viva, é diabética e está sujeita. (sem hipocrisia, pessoas) Temos que pensar sobre o assunto. Não  estou chamando doença, nem mais problemas, mas não sou tão… tão….. como dizer? Não é pessimista nem otimista, mas eu ponho muito na balança as possibilidades, probabilidades, certezas, realidade, ficção, vontade e sonho….

E quanto mais leio sobre as descobertas genéticas, células tronco, me pego pensando: Será que um dia eu terei que engravidar para curar a Vittoria do diabetes? Vocês já pensaram nisso? Escolher embrião, fazer inseminação, gerar uma pessoa para curar outra.  Já pensei nisso e..a té assistir esse filme, eu tinha uma resposta. Hoje, não tenho mais.

Essa mãe, desse filme, optou por ter uma filha geneticamente compatível com a mais velha que tinha leucemia para usar as células tronco e transplante de medula óssea e tudo mais. É um filme incrível, lembrei dele porque fui ler o blog do Athayde, e ele fala sobre esse filme.

Até que ponto vai o esforço de uma mãe? Vale tudo pela vida de um filho? Eu chorei demais. Me identifiquei muito com essa mãe, que inclusive tem outros filhos. Que largou o emprego, que balançou seu casamento. Assistam e chorem muito também. Aproveitem pra colocar tudo que tá guardado aí pra fora. Mas não assistam com seus filhos. Acho que não precisa, é muito cedo ainda. E pensem no que ele propõe.

 

Autor: NICOLE LAGONEGRO

Enfermeira Educadora em Diabetes Graduanda em Nutrição Mãe de DM1 há 15 anos

21 pensamentos sobre “Filme: Uma Prova de Amor

  1. Amei esse filme !

    è realmente uma lição de vida!

    Bjs

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  2. Eu ja vi e chorei muito.
    Eu sou assim também, as possibilidades existem para as sequelas mas não me demoro nestes pensamentos, mas quanto a possibilidade de perde-lo numa hipo, é real, constante e imprevisivel.
    Virei ladra de sache de açucar, rsrsrsrsrs onde vejo disponivel levo alguns e todo o lugar que o igor frequenta tem sache de açucar.
    Não teria um filho pra salvar outro, não obrigaria um irmão salvar o outro isso é opcional, mas se eu pudesse doar meu pancreas a ele, sem pensar duas vezes.
    Neste filme eu me emocionei mais quando ela começa a despedir, comentei isso la no blog outro dia, ela sofria com tanta dedicação dos pais e irmãos.
    Amei as camisetas, poxa bem que o marcelo podia quebrar o galho e fazer a versão masculina….
    Beijinhos

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  3. Nic
    estou louca pra ver esse filme ,vi o trailler e fiquei com muita vontade de ver ! Acho que vc ta certa em pesar as coisas ,pensar no futuro , rever ppossibilidades e probabilidades ,e diabetes e doenca sim e seria por isso merece tratamento serio ,ser lavada a serio todo dia ,fazer o tipo ahhh hj deixa pra la ,nao da ne? Tudo bem a gente cansa ? Cansa sim Nic ,mais acho que toda doenca cansa nao e mesmo ? Eu me sinto como quero me sentir como posso me sentir nesse momento se alguem de repente me olhar torto e dizer olha so sua vida vc tem do bom e do melhor usa a boma de insulina que o que ha de melhor atualmente eu vou dizer sabe o que ? Ah tah so porque nao sofro falta de grana ,so porque uso bomba de insulina a minha diabetes nao e nada ,vem aqui entao vamos trocar de lugar e ve que mesmo usando bomba eu tenho que fazer tudo igualzinho o que os outros diabeticos fazem ,tenho que medir milhoes de vezes ,tenho que fazer dieta sim ,tenho que trabalhar me sentindo fraca acabada depois de ter tido uma hipo ,tomar glicose e voltar rapidinho pro meu chefe nao me olhar torto ,eu acho que Nic que as pessoas tem aquela velha mania de achar que a grama do vizinho ta sempre mais verde que a sua propria grama !!!! Enato acho que vc como mae tem todo direito de pensar e repensar no que der na telha ne?
    bjim

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  4. Eu assisti a esse filme e chorei muito, muito mesmo!!! Num determinado ponto do filme, achei que realmente a irmã mais nova não queria ser um objeto e que desejava obter liberdade para escolher o que seria feito do seu corpo. Embora não tenha sido a verdade, pois quem propôs este acordo foi a própria irmã que estava com câncer, me balançou. No início, sem saber de quem tinha sido a idéia, parei para pensar, como seria para uma criança saber que foi colocada no mundo para salvar a vida de uma outra pessoa. É para se pensar!!!
    O desespero da mãe para salvar a vida da filha e o desespero de todos na casa tendo de viver diariamente com aquela situação.
    Todos no lar ficam abalados e perdidos sem saber o que fazer.
    E sobre a possibilidade de um diabético morrer, isto sim é algo que pode ocorrer. Ou por causa de uma hipo ou em razão das complicações decorrentes do mal controle. Claro que não é como o câncer, uma doença que por vezes a única coisa que pode-se fazer é ficar ao lado da pessoa e vê-la desfalecer e definhar aos poucos. Essas história nos ensinam muita coisa. Aprendemos muito.
    Assisti ao filme “Um Golpe do Destino”, uma verdadeira lição de hulmildade. Vale a pena tirar um tempinho para vê-lo.
    A verdade é que a vida é a coisa mais frágil do mundo, é muito fácil morrer. O tempo e o imprevisto nos rondam o tempo todo. Estamos felizes, realizando um montão de coisas e fazendo milhares de planos e derepente: fim! Que coisa, né?

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  5. Eu ja choro lendo o blog imagina com filme rsss
    Tendo ou não tendo Diabete deveríamos pensar na morte é pra todos tudo com a sua hora, ninguém morre de véspera só peru kkkkk é assim que penso e vivo.
    Tenho medo de ter outro bebê só de pensar na Diabete pq conheço um caso aqui em Campinas que as 3 meninas tem, imagina fico louca com 1 só imagina os 3 crinaças…….afé
    Sobre celular tronco vc não precisa ter um bebê, vc pode guardar lógico em local apropriado o dente de leite que tbem tem a células tronco, vi em uma reportagem do globo reporter é uma boa saída né
    bjs

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  6. Essa foi boa Viviane, “ninguém morre de véspera, só Peru” ahahahahahahahahahahah.

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  7. Concordo com a Roberta quando ela diz que temos que assumir o que pensamos e sentimos, porque a gente não respeitar isso, ninguém vai…Entendo a diabetes como doença sim, e acho que é isso que nos deixa tão alertas, tão apreensivos e tão firmes nas escolhas e cuidados, mas eu resolvi poupar o Gui desse conceito ainda….Digo sim que ele tem Diabetes, explico o que é, mas digo que os cuidados que temos em casa, com as medições, insulina e alimentação adequadas é que nos deixam fora do hospital, de problemas mais sérios. Quando ele crescer um pouco mais, vou explicando mais detalhes…por enquanto está indo assim….aos poucos.
    Sobre o medo de perde-lo, eu tenho isso desde sempre, principalmente quando vejo filmes que envolvem crianças, mesmo antes da diabetes…continuou igual.
    Bjo grande

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  8. Vivi, viu como vc tem informações pra passar,
    me conta sobre o dente de leite.
    Como deve ser guardado, o Igor tem muitos pra cair.
    vou aguardar.
    Beijos

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    • Acho que tem que ser num banco de celulas tronco viu… não deve ser tão simples.
      Eu ví também no Jornal. Assim que o dente cai, alguém tem q tirar a polpa dele e guardar…. não deve ser no congelador, concorda??

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  9. Gente, como assim é preciso guardar os dentes??? Por quê???

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    • Você já era, Karin! hahahaha
      No globo reporter que falou sobre diabetes e células tronco, eles disseram que no dente de leite, na polpa dele tem uma grande quantidade de celulas tronco… que o ideal seria guardar esses dentes.
      A questão toda é que ninguem disse como, nem onde guardar. E não tem nada a respeito na internet.
      Mandei email pra anvisa, vamos ver. A ideia que eu tenho é que assim que cai o dente, tem q ser retirada essa polpa e guardada… ams vamos ver…
      Até então os dentes aqui foram pro lixo mesmo..,. 😦

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  10. Meninas enviei um email pra maninha, ela trabalha na fiocrz e tenho certeza que encaminhará o email para o setor responsavel e se não obter nada oficial com alguma resposta em off ela terá.
    E amanhã ligarei para o meu gineco, ele tem uma clinica de fertilização pode orientar.
    Beijinhos e sorte por respostas a todas nós que ainda temos dentinho de leite.

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    • Liguei para esses bancos de coleta e armazenamento de sangue do cordão e eles nada sabem… Me orientaram a procurar a ANVISA e eu o fiz…
      Também aguardo uma rsposta….

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  11. Eu assisti esse filme tb muito lindo !Lembrar dele foi muito bom!

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  12. É engraçado como nos identificamos com as noticias que encontramos sobre o diabetes infantil. Eu lendo esta matéria, tive a impressão de ouvir a minha própria voz, rs. Meu filho tem 13 anos com DM1 a 5 anos, penso e encaro o diabetes assim como você. Só uma mãe de doces como os nossos entende mesmo!

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  13. Pingback: Ter um filho para curar a doença do outro? | Minha Filha Diabética

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